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O uso do Pix para o pagamento de compras e de serviços já é quase equivalente ao uso para transferir dinheiro a outras pessoas. Pesquisa da fintech Ebanx, que processa pagamentos para empresas, aponta que em outubro, 48% das operações de Pix eram entre pessoas, e 40%, entre pessoas e empresas. Em novembro de 2021, quando o sistema completou um ano, 73% das operações eram transferências, e somente 16,5% eram compras.
O vice-presidente de Produto do Ebanx, Eduardo de Abreu, afirma que esse crescimento acompanha o uso do Pix entre a população em geral. É comum, segundo ele, que o cliente queira fazer pagamentos da forma que mais utiliza para lidar com dinheiro no cotidiano.
A empresa detectou que, nas compras online, o Pix ajuda a aumentar as vendas. Empresas que adotaram esse método de pagamento viram aumentar em 25% o número de clientes e em 16% a receita, em média. Como envolve uma transferência imediata, o pagamento via Pix é mais fácil de “reconhecer”, o que evita abandonos de carrinhos.
Abreu afirma que uma das alavancas do uso do Pix como pagamento deve ser o débito automático por meio do sistema, que entra no ar para todo o mercado no ano que vem. Para empresas de streaming, que formam parte relevante do negócio do Ebanx, será uma mão na roda: com ele, será possível cobrar assinaturas mensais por Pix sem que o cliente tenha de programar o pagamento todos os meses.