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A semana entre os feriados da Páscoa e de Tiradentes deve ser marcada por baixa atividade nos Três Poderes. Com o esvaziamento natural das agendas políticas, provocado pelo calendário de feriados prolongados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concentrará seus compromissos no Estado do Rio de Janeiro, enquanto o Congresso e o Judiciário atuarão em ritmo reduzido.
No Executivo, Lula dará início à semana com uma visita a Campos dos Goytacazes (RJ), nesta segunda-feira (14), onde participa da inauguração de um novo campus da Universidade Federal Fluminense (UFF). Na terça-feira (15), o presidente seguirá para Paracambi, para acompanhar obras na Via Dutra, e depois para Resende, onde tem compromisso com a montadora Nissan. As agendas reforçam a estratégia do governo de intensificar sua presença nos estados em períodos de baixa movimentação em Brasília.
No Congresso Nacional, a tendência é de paralisação quase total. Sem previsão de votações relevantes, os parlamentares devem permanecer em suas bases eleitorais. Na Câmara dos Deputados, as sessões plenárias serão realizadas de forma virtual durante toda a semana, com uma pauta sem grandes destaques — a única exceção é o Projeto de Lei do Mar, que estabelece diretrizes e políticas para a preservação do ambiente marinho.
Já no Senado, o plenário permanecerá sem sessões, mas a Comissão de Segurança Pública poderá deliberar sobre cinco projetos. Entre eles, duas propostas chamam atenção: uma que torna obrigatória a presença de profissionais de segurança nas escolas e outra que propõe a criação de uma guarda escolar armada nas redes pública e privada. Mesmo que aprovados pela comissão, os textos ainda precisarão passar por outras etapas antes de chegarem ao plenário.
No Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem julgamentos previstos em plenário nesta semana, em virtude do feriado da Semana Santa. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por sua vez, mantém sessões. Na terça-feira (15), o TSE deverá julgar processos a partir das 19h.
Com um Congresso em compasso de espera e sem decisões relevantes no STF, o foco da semana se desloca para as movimentações regionais do Executivo e para as discussões iniciais em comissões temáticas, que devem ganhar fôlego apenas após o retorno completo das atividades legislativas.