BTG Pactual se posiciona sobre Master e diz não ter interesse direto em ativos específicos
Segundo Renato Cohn, diretor financeiro do BTG, “se tiver alguma operação, alguma solução, onde existam ativos, podemos analisar para comprar'

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (12), o diretor financeiro e de relações com investidores do BTG Pactual, Renato Cohn, afirmou que o banco não tem interesse direto em ativos específicos ou operações do Banco Master. Segundo ele, o BTG mantém uma postura proativa e está aberto a analisar eventuais oportunidades, mas reitera que não há uma negociação direcionada em curso.

“Se houver alguma operação em que determinados ativos façam sentido, podemos analisar. Mas não existe interesse por nenhum ativo específico do Master”, disse Cohn, ao comentar os resultados do primeiro trimestre do banco. Ele reforçou ainda que qualquer movimento será feito em alinhamento com os objetivos dos reguladores do sistema financeiro.

Na última sexta-feira (9), o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) assinou com o Banco Master um empréstimo emergencial no valor de R$ 4 bilhões. A operação, classificada tecnicamente como “assistência de liquidez”, serve como um suporte temporário — uma espécie de empréstimo-ponte — enquanto se busca uma solução definitiva para a instituição. O montante, embora relevante, ainda representa apenas uma fração das necessidades financeiras do banco.

Com a aprovação recente do Banco Central para uma operação entre o Master e o Banco de Brasília (BRB), o FGC poderá ampliar os recursos disponibilizados, caso novos avanços sejam concretizados.

 

Enquanto isso, o empresário Daniel Vorcaro, controlador do Master, segue negociando a venda de ativos. Entre os interessados estão o próprio BTG Pactual e a família Batista, controladora da holding J&F. As tratativas envolvem, principalmente, precatórios que não estão incluídos na transação em andamento com o BRB.

redacao
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