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O governo chinês anunciou neste sábado (8) a aplicação de tarifas retaliatórias sobre diversas importações vindas do Canadá, em resposta às taxas impostas pelo país norte-americano em outubro de 2024. A medida reforça a escalada das tensões comerciais entre as duas nações, que já vinham sendo impactadas pelo conflito econômico iniciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com o comunicado da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China, as novas tarifas entrarão em vigor a partir de 20 de março deste ano. Entre os produtos afetados, destacam-se o óleo de canola e as ervilhas, que terão uma taxação de 100%. Além disso, frutos do mar e carne suína canadenses passarão a ser tributados em 25%.
O governo chinês justificou as medidas com base em suas próprias legislações, citando a Lei de Tarifas e a Lei de Comércio Exterior da República Popular da China. As autoridades do país também relembraram que, em outubro do ano passado, o Canadá adotou tarifas de 100% sobre veículos elétricos fabricados na China, além de um acréscimo de 25% sobre produtos de aço e alumínio chineses.
Para Pequim, as ações canadenses representam um claro movimento de protecionismo comercial e violam as regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo o governo chinês, essas medidas prejudicam os interesses legítimos do país e afetam negativamente a relação comercial entre as duas economias.
A China reforçou seu apelo para que o Canadá adote uma postura mais racional no que diz respeito à cooperação econômica e respeite as diretrizes do comércio internacional. O comunicado também exigiu que Ottawa corrija imediatamente suas “ações errôneas”, argumentando que as medidas unilaterais adotadas pelo governo canadense são prejudiciais para a estabilidade e o crescimento do comércio bilateral.