Dinheiro digital deve acelerar redução do uso de papel-moeda
Segundo presidente do BC há hoje R$ 285 bilhões em circulação em espécie, com queda de R$ 10 bilhões em relação a 2022

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o Real Digital, agora chamado de Drex, deve acelerar a redução do uso de papel-moeda no Brasil. “O papel-moeda vai diminuir, mas é difícil prever se vai deixar de existir”, afirmou, em arguição pública no plenário do Senado.

Segundo Campos Neto, há hoje R$ 285 bilhões em circulação em espécie, com queda de R$ 10 bilhões em relação a 2022.

O presidente do Banco Central reafirmou ainda que o BC não terceiriza a gestão de reservas internacionais desde 2018, mas reforçou que a instituição monetária fez isso no passado, inclusive com aval do Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo Campos Neto, 73,6% dos BCs permitem o gerenciamento de reservas por terceiros atualmente.

“Diversos países fazem isso, sempre em uma proporção muito pequena. Quando um BC terceiriza a gestão de reservas, é para aprender a lidar com recursos novos”, afirmou.

Drex

Na segunda-feira (7), o Banco Central anunciou o novo nome do Real Digital no Brasil. Segundo o BC, cada letra de “Drex” equivale a uma característica da ferramenta. O “D” representa a palavra digital; o “R” representa o real; o “E” representa a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

O Drex funcionará como uma espécie de “Pix dos serviços financeiros”, já que a moeda digital vai permitir a transferência de ativos financeiros de forma tão imediata quanto o Pix. O real digital, agora de nome novo, é a moeda digital do Banco Central e a versão brasileira do “Central Bank Digital Currency” ou CBDC. O novo nome vai “rebatizar” todo o projeto que o BC vem desenvolvendo.



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