Dados divulgados mais cedo revelaram que as exportações da China recuaram 14,5% em julho

O dólar operava em alta nesta terça-feira, 8, contra as principais divisas, com o ânimo dos investidores abalado pelos dados comerciais decepcionantes da China, indicando uma persistente fragilidade na maior economia asiática.

Às 9:15 de Brasília, o Índice Dólar, que compara a moeda americana contra uma cesta de seis outras moedas, subia 0,61%, para 102,76,  se afastando da mínima de uma semana tocada na sexta-feira, de 101,73.

Dados de comércio da China mostram uma recuperação lenta

Dados divulgados mais cedo revelaram que as exportações da China recuaram 14,5% em julho na comparação anual, enquanto as importações diminuíram 12,4%, a queda mais rápida desde a pandemia de covid em 2020.

As dificuldades da China, a segunda maior economia do mundo e um importante impulsionador do crescimento regional, prejudicaram o sentimento de risco, levando os traders a procurarem o dólar como um refúgio seguro.

O iuan caía 0,3%, para 7,2128 contra o dólar, enquanto o dólar australiano recuava 0,7%, para 0,6525, já que a economia do país está fortemente ligada ao desempenho do gigante asiático. A China é um grande mercado de exportação para as matérias-primas da Austrália.

Os mercados também aguardam dados sobre a inflação chinesa, prevista para ser divulgada durante a noite, e a expectativa é que tenha permanecido contida em julho.

A inflação nos EUA é o foco da semana

Dito isso, os dados de inflação dos EUA, que serão divulgados na quinta-feira, serão o destaque da semana, pois os investidores desejam ter mais pistas sobre o provável caminho futuro das taxas de juros no país antes da reunião do Federal Reserve em setembro.

Crescem as expectativas de que o banco central americano encerre seu ciclo de aperto monetário de um ano no próximo mês, e os operadores buscam sinais de que a inflação esteja desacelerando.

Nesse sentido, espera-se que o núcleo do índice de preços ao consumidor (IPC) nos Estados Unidos tenham subido 4,7% na comparação anual em julho, o que poderia dar ainda mais força ao dólar.

Inflação anual alemã recua

Já o euro recuava 0,2%, para 1,0978, depois que os preços ao consumidor subiram 0,3% no mês de julho na Alemanha, registrando uma alta anual de 6,2%, abaixo do aumento de 6,4% em junho.

A moeda única recuou na sessão anterior após a notícia de que a produção industrial alemã caiu mais do que o esperado em junho, e os sinais de que a inflação está arrefecendo na maior economia da zona do euro poderiam levar o Banco Central Europeu a pausar seu ciclo de aumento de taxas de juros.

Além disso, a libra esterlina caía 0,2%, para 1,2763, e o iene cedia 0,4%, para 143,09, com ambas as moedas sofrendo com a pressão do dólar mais forte.

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