A startup de carnes à base de plantas acaba de lançar Futuro Burger 2030

A startup de carnes à base de plantas Fazenda Futuro acaba de lançar Futuro Burger 2030, um hambúrguer com sabor e textura que pretende ser ainda mais similar ao de origem animal. Para isso, todos os hambúrgueres da versão anterior foram retirados das prateleiras. “A matriz do Futuro Burger 2030, que se difere completamente da original, começou a ser desenvolvida em outubro de 2019, quando paramos para analisar minuciosamente novas variáveis da carne, como sua elasticidade, mastigabilidade e cor”, afirma o fundador Marcos Leta.

A nova matriz leva esse nome porque traz as mudanças previstas para 2030, dentro da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como o consumo e produção responsáveis e a preservação dos ecossistemas terrestres.

“A visão de produção responsável da Fazenda Futuro contempla várias dimensões. A própria substituição da carne animal pela carne à base de plantas já é uma forma de produção responsável, já que evita a emissão de gases que causam o aquecimento global e auxilia na diminuição do consumo de água. Não apenas na produção do Futuro Burger 2030, mas desde o início as práticas da Fazenda Futuro caminham para esse sentido e já colocamos em andamento algumas mudanças para cada vez mais estarmos em sintonia com isso”, diz Leta.

O Futuro Burger 2030

O produto tem ingredientes naturais, com soja não-transgênica, ervilha não-transgênica, beterraba (para dar a cor vermelha) e óleo de coco e canola em sua composição. O teor de gordura, assim, foi diminuído para 6,5mg por porção de 80g, e o teor de sódio para 178 mg por porção. Em relação à proteína, são 11g por porção. Além disso, os ingredientes são todos não transgênicos e sem glúten, 0% de colesterol e o mais impressionante, 0% gordura trans.

Já a embalagem tem tecnologia americana Eco-one, feita com compostos orgânicos, se biodegradando totalmente entre 2 a 5 anos. O Eco-One é formado por compostos orgânicos que, quando adicionados na cadeia do polímero do plástico, atraem micro-organismos, ao serem colocados em um ambiente microbiano ativo, como nos lixões e aterros sanitários, onde os fungos e bactérias formarão colônias de decomposição, promovendo a biodegradação deste material. Em pouco tempo esses plásticos se transformarão em húmus e CH4.

Negócios

O novo hambúrguer começa a ser vendido nas lojas das redes Grupo Pão de Açúcar (GPA), St Marche e Zaffari, e também no food service, com preço sugerido de R$ 18,90. A intenção é que esteja em todo o país nos próximos dois meses. 

Em outubro a empresa lançou uma carne à base de plantas que se assemelha ao frango e anteriormente lançou outros produtos como a linguiça.

A companhia tem 10 mil pontos de venda em 14 países e não divulga o faturamento. Em setembro, a startup recebeu um aporte de 115 milhões de reais, elevando seu valor de mercado para 715 milhões de reais. O investimento foi liderado pelo BTG Pactual, ENFINI Investments (Grupo PWR Capital) e os investidores da primeira rodada Monashees e Go4it Capital. Em julho de 2019 a companhia havia recebido 8 milhões de dólares dos fundos Monashees e Go4It — num valor de mercado de 400 milhões de reais. 

(Marina Filippe)

Qual a sua reação?



Comentários no Facebook