Hering rejeita proposta de compra pela Arezzo
De acordo com a Hering, a proposta, que foi recebida no dia 7 de abril, não atenderia os interesses dos acionistas e da companhia

Em 2020, o lucro da Hering somou 343 milhões de reais, uma alta de 59,7% em relação ao ano anterior, com destaque para o crescimento de suas operações digitais.

O canal digital mostrou expansão de 231% nas vendas na comparação anual, para 71 milhões de reais, e passou a representar 14% das vendas totais (essa fatia era de 4,4% no quarto trimestre de 2019).

Nos dois meses seguintes, a ­Arezzo lançou o mar­ket­place ZZ Mall, fechou a aquisição do brechó online Troc com a criação de um fundo de venture capital e lançou a nova marca de sandálias Brizza.

Enquanto a Arezzo incorpora a Reserva, o mercado se movimenta. O grupo Soma, dono das marcas Animale e Farm, levantou 1,8 bilhão de reais em seu IPO em julho. Já em outubro, comprou a marca NV, fundada pela influenciadora Nati Vozza, e agora negocia pelo menos mais duas compras: uma grife voltada para o segmento fitness e outra marca de moda feminina.

Com a aquisição da Reserva, a ­Arezzo cresceu de sete para 13 marcas, mas — desta vez — ficou sem a Hering.

A Hering  decidiu, em reunião na quarta-feira, 14, negar a proposta feita pela Arezzo de combinar os negócios das marcas. A decisão foi anunciada em fato relevante divulgado ao mercado.

De acordo com a Hering, a proposta, que foi recebida no dia 7 de abril, não atenderia aos interesses dos acionistas e da companhia.

A análise foi feita em conjunto com o BR Partners Banco de Investimento S.A. e Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados.

Nos últimos meses, a Arezzo tem apostado alto em diversas aquisições, como a Reserva.


(Da redação com Exame)

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