Mundo perde milionários e riqueza global cai pela primeira vez desde 2008
O Brasil liderou o aumento de fortuna privada e também o número de novos milionários em 2022

Pela primeira vez desde a crise de 2008, a riqueza global registrou queda no ano passado, segundo a nova edição do Global Wealth Report, relatório do Credit Suisse e do UBS. O patrimônio privado mundial caiu US$ 11,3 trilhões na base anual, para US$ 454,4 trilhões no final de 2022. 

Não bastasse as fortunas menores, a quantidade de milionários pelo mundo também encolheu 3,5 milhões frente a 2021. O número de ricaços no fim do ano passado era de 59,4 milhões de ricaços, de acordo com o relatório.

Acontece que a América Latina remou contra a maré ao longo de 2022. Ao todo, a região registrou alta de US$ 2,4 trilhões na riqueza privada no comparativo anual.

E adivinhe quem liderou o movimento? Sim, o Brasil. Por aqui houve um aumento de US$ 1,1 trilhão na fortuna privada. 

O país tropical abençoado por Deus foi o que mais ganhou milionários em todo o planeta no ano passado, com 120 mil novos convidados à festa do milhão. Ao todo, o país somou 413 mil adultos com patrimônio acima de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 4,90 milhões, nas cotações atuais).

Além do Brasil, os países que mais registraram ganhos de patrimônio privado em 2022 foram a Rússia, com alta de US$ 600 bilhões, o México (US$ 655 bilhões) e a Índia (US$ 675 bilhões).

EUA lideram perdas

Já do lado negativo do relatório, a perda de riqueza global foi concentrada em regiões mais ricas, como América do Norte e Europa. Juntas, as regiões perderam US$ 10,9 trilhões de um ano para o outro.

Os Estados Unidos lideram as perdas de patrimônio no comparativo com 2021, com queda de US$ 5,9 trilhões em riqueza no ano passado. 

Já em relação ao número de ricaços, a terra do Tio Sam perdeu 1,8 milhão de milionários em 2022, para 22,7 milhões.

Depois dos EUA, países como Japão e China viram as riquezas encolherem mais de US$ 1 bilhão no último ano. Confira:

  • Japão: queda de US$ 2,5 trilhões
  • China: queda de US$ 1,5 trilhão
  • Canadá: queda de US$ 1,2 trilhão
  • Austrália: queda de US$ 1,0 trilhão

Segundo o relatório, os ativos financeiros contribuíram mais para o declínio da riqueza em 2022, enquanto ativos como imóveis permaneceram resilientes, apesar do rápido aumento das taxas de juros ao redor do globo.

A riqueza por adulto também diminuiu 3,6% em 2022 frente ao mesmo período do ano anterior, para US$ 84.718 por adulto. 

De acordo com a pesquisa, parte desse declínio vem da valorização do dólar americano em relação a outras moedas. 

redacao
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