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Dólar perde força e fecha a R$ 5,56 em meio a alta do petróleo e negociações com EUA

A queda foi puxada pelo otimismo nas negociações com os EUA, alta do petróleo e alívio nos juros futuros

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (29), mesmo com a proximidade da entrada em vigor do tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O movimento foi impulsionado pela expectativa de avanços nas negociações com a Casa Branca, pela valorização do petróleo no mercado internacional e pelo recuo na curva de juros futuros. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,5695, queda de 0,36%, enquanto o DXY – que mede o dólar frente a seis divisas globais – subia 0,26%, a 98,893 pontos.

Segundo o Ministério da Agricultura, o governo brasileiro atua em duas frentes para mitigar o impacto das tarifas: negociação com os EUA e diversificação de mercados. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que um plano de contingência está sendo preparado para apoiar empresas afetadas, respeitando acordos internacionais e mantendo uma resposta “com altivez e soberania”. A tarifa de 50% sobre exportações brasileiras deve começar a valer nesta sexta-feira (1º), caso não haja acordo.

Investidores também aguardam as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O Copom deve manter a Selic em 15% ao ano, segundo precificação do mercado na B3, enquanto o Federal Reserve deve segurar os juros na faixa de 4,25% a 4,50%, mesmo sob pressão do presidente Donald Trump para um corte. Dados recentes do mercado de trabalho americano, como a queda nas vagas abertas em junho para 7,437 milhões, reforçam as apostas para o payroll, que será divulgado na sexta-feira, com expectativa de criação de 100 mil empregos.

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