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Os FIIs de recebíveis indicados pelo Itaú BBA para agosto de 2025

A área macro do Itaú projeta uma inflação de 5,2% para 2025, levemente abaixo da estimativa anterior (5,3%)

Em um cenário marcado por juros elevados e inflação ainda persistente, o Itaú BBA reforçou sua visão positiva para fundos imobiliários de recebíveis — popularmente conhecidos como FIIs de papel. A instituição manteve recomendação de compra para oito fundos do segmento: HGCR11, KNCR11, KNIP11, KNSC11, MCCI11, RBRR11, RBRY11 e VCJR11.

De acordo com o relatório divulgado pelo banco, o ambiente de CDI elevado combinado a um IPCA pressionado segue criando condições favoráveis para esses fundos, que apresentam boas distribuições de dividendos e oferecem uma relação risco-retorno atrativa para investidores. A análise aponta que, na comparação entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025, houve evolução consistente no dividend yield dessas carteiras.

O Itaú BBA também observa que os FIIs de papel ganharam relevância no mercado: atualmente representam cerca de 38% da composição do IFIX, índice de referência dos fundos imobiliários na B3. No final de 2020, essa fatia era de aproximadamente 30%. O crescimento é explicado pela expansão do mercado de crédito imobiliário no país e pela maturidade crescente do arcabouço regulatório, que facilitou o acesso de investidores pessoa física a ativos antes restritos aos qualificados.

Grande parte desses fundos é lastreada em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) atrelados ao IPCA ou ao CDI. Embora essas indexações tragam oscilações naturais de rendimento, o atual patamar de juros e inflação favorece o desempenho do setor. O relatório ainda ressalta a diversificação como vantagem adicional: os portfólios costumam reunir múltiplos CRIs indexados a diferentes taxas, diluindo riscos.

No cenário macroeconômico, o Itaú projeta inflação de 5,2% para 2025, levemente abaixo da estimativa anterior de 5,3%. A taxa Selic, por sua vez, deve permanecer em 15% durante todo o ano, com cortes previstos apenas a partir do primeiro trimestre de 2026, quando pode chegar a 12,75% no fechamento do período.

Fundos P/VP CRIs indexados ao IPCA CRIs indexados ao CDI
HGCR 0,96 85% 9%
KNCR 1,02 3% 99%
KNIP 0,95 99% 1%
KNSC 0,99 58% 41%
MCCI 0,91 80% 2%
RBRR 0,94 90% 3%
RBRY 0,96 16% 61%
VCJR 0,86 80% 7%

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