No primeiro dia de vigência das novas tarifas sobre produtos brasileiros impostas pelos EUA, o Ibovespa fechou em alta de 1,04%, aos 134.537,62 pontos, impulsionado por balanços corporativos positivos e pela sinalização de que o Brasil não deve retaliar as medidas. O dólar à vista recuou 0,78%, encerrando a R$ 5,4632.
A nova tarifa de 50% entrou em vigor nesta quarta-feira (6), com exceção de quase 700 itens. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de contingência incluirá crédito às empresas e ampliação das compras governamentais. Ele se reunirá na próxima semana com o secretário do Tesouro dos EUA. Já o presidente Lula descartou retaliações imediatas e reforçou o compromisso com o diálogo comercial.
No Ibovespa, RD Saúde (RADL3) liderou os ganhos, com alta de até 20% após reportar lucro líquido ajustado de R$ 402,7 milhões no 2T25, alta de 13% em relação ao ano anterior, além de Ebitda ajustado de R$ 885 milhões (+7,4%). Analistas da Ágora e Bradesco BBI destacaram que os resultados apontam para um cenário de recuperação da companhia. Na ponta negativa, GPA (PCAR3) caiu após divulgar prejuízo de R$ 216 milhões, acima do esperado.
Entre as blue chips, Itaú (ITUB4) avançou com a repercussão positiva do balanço, enquanto Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram com a queda do minério de ferro e do petróleo, respectivamente.
No exterior, os índices de Wall Street subiram com apoio da Apple, que anunciou novos investimentos de US$ 100 bilhões, e com as expectativas de corte de juros nos EUA em setembro. O Fed mantém a taxa entre 4,25% e 4,50%. Trump também anunciou tarifa adicional de 25% sobre produtos da Índia e novas sanções contra a Rússia, o que movimentou os mercados globais. Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, enquanto a Europa encerrou mista diante da tensão comercial e resultados corporativos.