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Brasil e Índia avançam em cooperação para integrar sistemas de pagamento digital

A parceria prevê o compartilhamento de experiências e tecnologias já consolidadas nas duas nações

O Brasil e a Índia estão dando passos importantes para ampliar a integração financeira e tecnológica entre os dois países. Durante encontro recente entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, as lideranças discutiram a possibilidade de cooperação no desenvolvimento e interligação de sistemas de pagamento digital, fortalecendo a inclusão financeira e o comércio bilateral.

A parceria prevê o compartilhamento de experiências e tecnologias já consolidadas nas duas nações. No caso brasileiro, o destaque é o Pix, sistema de transferências instantâneas criado pelo Banco Central que se tornou um fenômeno de adoção, ultrapassando 170 milhões de usuários e movimentando trilhões de reais por ano. Já a Índia traz como referência a plataforma UPI (Unified Payments Interface), considerada uma das mais avançadas do mundo, com capacidade para integrar múltiplos bancos e aplicativos de forma simples e segura.

Segundo analistas, a iniciativa pode criar um modelo de pagamentos digitais transfronteiriços, facilitando transações entre empresas e cidadãos dos dois países, reduzindo custos e prazos para remessas internacionais. O projeto também se alinha à agenda do BRICS, que busca alternativas para ampliar a conectividade financeira entre seus membros e diminuir a dependência de sistemas tradicionais baseados no dólar.

Para Lula, a cooperação tecnológica com a Índia representa “uma oportunidade estratégica para democratizar ainda mais o acesso a serviços financeiros e impulsionar o comércio entre os países emergentes”. Modi, por sua vez, destacou que o avanço nos pagamentos digitais é fundamental para o crescimento econômico e para a inclusão de milhões de pessoas ainda à margem do sistema bancário.

Se implementada, a integração entre Pix e UPI poderá transformar a forma como brasileiros e indianos realizam transações internacionais, abrindo caminho para novas soluções financeiras e fortalecendo os laços econômicos entre as duas maiores economias emergentes do Hemisfério Sul.

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