
A Azul ampliou sua lista de aeronaves a serem devolvidas dentro do processo de reestruturação judicial nos Estados Unidos. Em petição apresentada à corte de Nova York, a companhia solicitou a devolução de três aviões e um motor, movimento que se soma às 12 aeronaves e sete motores já pedidos anteriormente. O caso será analisado pelo juiz Sean H. Lane.
O plano da empresa prevê uma redução de 35% na frota futura, priorizando a saída de modelos mais antigos e de maior custo de manutenção. Entre os equipamentos listados estão um Airbus A320-200N de matrícula PR-YYB, arrendado pela Muzinich, e dois Embraer ERJ190-200 da ICBC. A estratégia busca aliviar a pressão provocada pela dificuldade global no mercado de peças e, ao mesmo tempo, reforçar a renovação da frota com jatos da nova geração E2.
Com 186 aeronaves em operação no segundo trimestre, a Azul vê no Chapter 11 uma oportunidade de reorganizar rapidamente sua estrutura, algo que seria mais caro e complexo fora do processo judicial. A legislação americana permite que a companhia decida quais aviões manter e quais devolver, sem risco de retomada imediata pelos arrendadores durante o período de proteção.
Ao usar o mecanismo, a aérea aposta em ganhos de eficiência operacional e financeiros, reforçando sua estratégia de longo prazo. A decisão de devolver aeronaves de gerações anteriores está alinhada com o objetivo de tornar a frota mais enxuta, moderna e competitiva diante do cenário global desafiador para companhias aéreas.