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Projeção do Inter aponta que Selic pode ficar sem cortes até 2026

Inter prevê Selic em 12% no fim de 2026 e revisa IPCA para 4,7% em 2025 e 4,1% em 2026, mas alerta para desinflação mais lenta com alta fiscal

O Inter adiou para janeiro de 2026 a expectativa de início dos cortes da Selic, antes previstos para dezembro de 2025. A decisão reflete o tom duro do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou juros em 15% por mais tempo. Para a economista-chefe Rafaela Vitória, mesmo com sinais de queda da inflação e valorização do real, não há tempo para uma mudança de comunicação que permita cortes ainda este ano.

O banco mantém a projeção de redução total de 3 pontos percentuais, levando a Selic a 12% no fim de 2026 — nível ainda considerado restritivo diante da estimativa de inflação de 3,4%. O Inter também revisou o IPCA de 4,8% para 4,7% em 2025 e de 4,2% para 4,1% em 2026, apoiado por câmbio mais favorável, queda de alimentos e acomodação das commodities, embora veja desinflação mais lenta a partir de 2026 com o aumento dos gastos fiscais.

Na atividade econômica, os dados do terceiro trimestre confirmam desaceleração, com retração da indústria e do varejo e PIB negativo em 0,2% no período. Ainda assim, o Inter projeta crescimento de 2% em 2025, impulsionado pelo primeiro semestre, e de 1,8% em 2026, em meio ao efeito da política monetária restritiva.

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