O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (25) o Relatório de Política Monetária (RPM) referente ao terceiro trimestre, trazendo projeções preocupantes para a inflação de curto prazo. Segundo a autoridade monetária, no cenário de referência, a chance de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassar o teto da meta em 2025 é de 71%.
A partir de 2026, contudo, as perspectivas melhoram. O relatório aponta que a probabilidade de a inflação superar o limite de tolerância cai para 26%, recuando ainda mais para 17% em 2027.
A estimativa do BC para a inflação de 2025 é de 4,81%, acima do teto de 4,5% previsto pelo regime de metas. A meta central definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Na prática, isso significa que o índice oficial poderia variar entre 1,5% e 4,5% sem descumprir o objetivo. O risco elevado de estouro no próximo ano reforça a cautela da instituição na condução da política monetária.
O BC projetou uma inflação de 0,62% em setembro, 0,23% em outubro, 0,22% em novembro e 0,53% em dezembro.
No Relatório, o BC também reduziu suas previsões para o PIB. A projeção deste ano caiu de 2,1% para 2%. Par ao ano que vem, a previsão é de um Produto Interno Bruto de 1,5%.