Ibovespa dispara mais de 3% em setembro e emplaca 2ª alta seguida

O afrouxamento monetário nos Estados Unidos ajudou o Ibovespa a manter o ritmo positivo em setembro, quando avançou 3,4% após a alta de 6,3% em agosto. O índice superou os 146 mil pontos e, pela primeira vez, rompeu os 147,5 mil, renovando a máxima nominal histórica, impulsionado pela entrada de R$ 4,8 bilhões em capital estrangeiro.

O movimento foi favorecido pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA. Aqui, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, enquanto o Federal Reserve iniciou cortes, reduzindo os juros para 4,00% a 4,25% ao ano. O mercado já precifica quase 97% de chance de nova redução em breve, o que tende a manter o fluxo externo para mercados emergentes como o Brasil.

Com mais investidores estrangeiros e um ambiente doméstico de juros elevados, a Bolsa brasileira se mantém como alternativa atrativa em meio às incertezas globais. Analistas destacam que a força dos setores ligados a commodities e bancos também contribuiu para sustentar o índice em patamares recordes, reforçando a confiança do mercado no desempenho do Ibovespa.

Nos EUA, porém, o risco de paralisação do governo a partir de 1º de outubro trouxe cautela, podendo atrasar a divulgação de indicadores importantes, como o payroll previsto para esta sexta-feira (3).

As maiores altas do Ibovespa em setembro

As maiores quedas do índice no mês