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Ibovespa recua com tensão entre EUA e China e discurso de Powell; dólar avança a R$ 5,47

Ibovespa recua com tensão comercial entre EUA e China e expectativa por medidas fiscais no Brasil. Dólar sobe e mercados globais operam voláteis após falas de Powell e novas tarifas

O Ibovespa encerrou esta terça-feira (14) em leve queda de 0,07%, aos 141.682,99 pontos, pressionado pela escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China. O dólar à vista subiu 0,14%, a R$ 5,47. No Brasil, investidores acompanharam a expectativa por medidas que compensem a derrota do governo com a MP do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no Senado que alternativas começarão a ser discutidas nesta quarta (15) para conter o impacto fiscal.

O mercado também reagiu a dados do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostraram alta de 0,1% no volume de serviços em agosto, sétimo avanço mensal seguido, mas o mais fraco da série. Em relação ao mesmo mês de 2024, o crescimento foi de 2,5%.

No Ibovespa, Embraer liderou os ganhos após a TrueNoord anunciar um pedido de US$ 1,8 bilhão, elevando o backlog da fabricante para cerca de US$ 37,3 bilhões, segundo o JP Morgan. Minerva também avançou após o Itaú BBA elevar o preço-alvo de suas ações.

Na ponta negativa, MBRF liderou as perdas, enquanto os bancos fecharam mistos após revisão do setor pelo Goldman Sachs. Petrobras recuou com a queda do petróleo, e Vale teve leve alta, mesmo com o recuo de mais de 2% no minério de ferro na China.

No exterior, as bolsas operaram com volatilidade diante da imposição de novas tarifas portuárias entre EUA e China e das declarações de Jerome Powell. O presidente do Fed sinalizou que o fim do aperto quantitativo pode estar próximo e que novos cortes de juros serão decididos “reunião por reunião”. Já Donald Trump voltou a ameaçar restrições ao comércio com Pequim.

Nos Estados Unidos, Dow Jones subiu 0,44%, enquanto S&P 500 e Nasdaq caíram 0,16% e 0,76%, respectivamente. Na Europa, o Stoxx 600 recuou 0,37% com a queda da Michelin e a crise política na França. Na Ásia, o Nikkei despencou 2,58% e o Hang Seng caiu 1,73%, refletindo o aumento das tensões comerciais.

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