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Apetite por renda fixa leva mercado de capitais a movimentar R$ 528,5 bilhões até setembro

Renda fixa mantém protagonismo e impulsiona mercado de capitais, mesmo com queda geral e retração na renda variável

O mercado de capitais brasileiro movimentou R$ 528,5 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, queda de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a ANBIMA. A renda fixa foi novamente o destaque, com captações de R$ 487,3 bilhões — novo recorde para o período — impulsionadas pelos juros ainda elevados e pelo forte apetite dos investidores.

As debêntures ganharam protagonismo, com volume histórico de mais de R$ 110 bilhões, alta de 18% na comparação anual. O setor elétrico liderou as emissões, seguido por transporte e logística. A discussão sobre a tributação desses títulos também acelerou as ofertas, embora a Medida Provisória 1.303, que previa taxação a partir de 2026, tenha perdido validade.

Entre os certificados de recebíveis, os CRIs somaram R$ 34,5 bilhões, queda de 23%, enquanto os CRAs atingiram R$ 29,3 bilhões, alta de 3%. O mercado secundário de debêntures também cresceu e já movimenta mais que as ofertas primárias, consolidando esse instrumento como alternativa relevante de financiamento empresarial.

Na renda variável, o cenário segue desanimador: apenas seis follow-ons movimentaram R$ 4,2 bilhões em 2025, queda de 80% em relação ao ano passado. Sem novos IPOs desde 2021, o segmento continua retraído e distante dos níveis de captação observados nos últimos anos.

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