A Usiminas encerrou o terceiro trimestre de 2025 com prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões, revertendo o lucro de R$ 185 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O resultado ficou muito abaixo das estimativas do mercado, que projetavam lucro de R$ 33 milhões, segundo levantamento da Bloomberg.
De acordo com o balanço divulgado nesta sexta-feira (24), o desempenho negativo foi fortemente impactado por uma reavaliação de ativos, que gerou uma perda contábil (impairment) de R$ 2,2 bilhões, além de um ajuste de R$ 1,4 bilhão relacionado à recuperabilidade de impostos diferidos. A companhia ressaltou que esses lançamentos não afetam o caixa.
“Com isso, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões, R$ 3,6 bilhões inferior ao lucro líquido apresentado no trimestre anterior (R$ 128 milhões)”, informou a Usiminas. Sem o efeito desses ajustes, o lucro líquido teria alcançado R$ 108 milhões.
Apesar do prejuízo contábil, o desempenho operacional foi positivo. O Ebitda ajustado somou R$ 434 milhões, crescimento de 2% na comparação anual e de 6% em relação ao trimestre anterior, com margem de 7%, 0,3 ponto percentual acima do 3T24.
A receita líquida da siderúrgica caiu 3% em um ano, para R$ 6,6 bilhões, refletindo o recuo de 2% nas vendas de aço, que totalizaram R$ 1,1 bilhão. Já as vendas de minério de ferro avançaram 9% no período, atingindo R$ 2,5 bilhões.
Em comunicado, a Usiminas destacou que os resultados operacionais melhoraram, mesmo diante da pressão crescente das importações de aço em “condição de competição desleal”, especialmente de origem chinesa.
O balanço reforça o contraste entre a performance operacional da empresa e os efeitos contábeis extraordinários, que distorceram o lucro líquido do trimestre. Analistas esperam que os resultados ajustados sirvam como base para avaliar a trajetória da companhia no encerramento do ano.









