O Banco do Brasil divulgou nesta quinta-feira (12) um resultado trimestral marcado por retração significativa nos lucros e deterioração dos indicadores de rentabilidade. No terceiro trimestre de 2025, o banco registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões, número que representa queda de 60% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho ficou praticamente estável frente ao trimestre anterior, quando o banco havia reportado R$ 3,784 bilhões.
O lucro líquido contábil também apresentou recuo expressivo, somando R$ 3,02 bilhões, uma redução de 66% na comparação anual. Como consequência, o retorno sobre o patrimônio líquido caiu de 21,1% no terceiro trimestre de 2024 para 8,4% no mesmo intervalo de 2025, refletindo o ambiente de maior inadimplência e pressão sobre margens.
A carteira de crédito expandida do banco avançou 7,5% em doze meses, alcançando R$ 1,27 trilhão. Os segmentos de pessoa física e pessoa jurídica tiveram altas iguais, de 10,4% cada, enquanto o crédito destinado ao agronegócio, que representa cerca de um terço da carteira total, cresceu 3,2% no período.
A inadimplência acima de 90 dias atingiu 4,2% em setembro, alta de 159 pontos-base em relação a um ano antes e avanço de 0,33 ponto percentual frente ao trimestre anterior. Já a margem financeira bruta somou R$ 26,36 bilhões, com leve crescimento de 1,9% no intervalo anual.
Os números mostram um quadro de desaceleração nas receitas e pressão sobre a qualidade dos ativos, elementos que explicam a redução na lucratividade do banco ao longo de 2025.
