A agenda econômica de 17 a 21 de novembro de 2025

Os mercados globais observam uma semana marcada pela expectativa em torno de eventos que podem redefinir a percepção de política monetária e o apetite por risco. A principal atenção recai sobre a divulgação da ata do Federal Reserve, que deve detalhar como a autoridade monetária norte-americana avaliou a ausência de dados econômicos desde setembro, consequência da maior paralisação já registrada no governo dos Estados Unidos. Sem indicadores de inflação e emprego atualizados, o banco central opera sem referências para sustentar eventuais cortes de juros na reunião de dezembro.

A possível liberação do payroll de setembro, ainda sem data confirmada, é outro ponto de incerteza. A suspensão prolongada de estatísticas oficiais ampliou a cautela dos investidores, que aguardam sinais mais claros sobre o mercado de trabalho. Paralelamente, o setor corporativo acompanha o balanço da Nvidia, considerado determinante para o comportamento das ações de tecnologia. Mesmo que a empresa supere as projeções, o mercado espera foco especial no guidance, visto como elemento essencial para reduzir a volatilidade recente do setor.

No ambiente doméstico, a temporada de resultados corporativos se aproxima do fim com os balanços de XP e Dasa. Além disso, segue no radar a possibilidade de avanços nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, tema que tem gerado expectativa desde o início das discussões bilaterais. No cenário político internacional, o Chile realiza no domingo o primeiro turno das eleições presidenciais.

O calendário de indicadores inclui, ainda, divulgações relevantes na Ásia e na Europa. O Japão apresenta o PIB do terceiro trimestre e sua inflação ao consumidor, dados que podem influenciar a decisão de política monetária do Banco do Japão em dezembro. Já a Zona do Euro divulga as prévias dos índices de gerentes de compras e da inflação de outubro, considerados termômetros importantes para a atividade econômica do bloco.