O BTG Pactual divulgou a nova carteira recomendada de fundos imobiliários para dezembro, trazendo ajustes estratégicos diante do cenário macroeconômico. A instituição incluiu 18 FIIs na seleção do mês e destacou que algumas dessas posições podem gerar dividendos superiores a 20%, considerando o atual comportamento das taxas e da inflação. No relatório, os analistas Daniel Marinelli e Matheus Oliveira explicam que houve redução da exposição ao CLIN11 e ampliação da participação no KNCR11, ambos em 2 pontos percentuais. Segundo eles, a decisão reflete uma realocação tática motivada pelos resultados recentes do IPCA, que têm ficado abaixo das expectativas e favorecido ativos pós-fixados no curto prazo.
Apesar da diminuição, o BTG mantém avaliação positiva sobre o CLIN11 e aponta que o fundo segue com potencial de valorização, especialmente pela sensibilidade à dinâmica da inflação e da curva de juros. A estratégia para dezembro busca elevar a previsibilidade dos rendimentos, preservando espaço para capturar movimentos táticos caso o cenário de juros comece a se alterar no início de 2026. Para a equipe de análise, o ciclo de cortes deve começar já em janeiro do próximo ano, o que tende a beneficiar a indústria de fundos imobiliários, sobretudo os FIIs de tijolo, que geralmente acompanham períodos de maior atividade econômica e crédito mais acessível.
Na composição da carteira, os Certificados de Recebíveis Imobiliários permanecem como o segmento com maior peso, representando 53% do total. A seleção também distribui alocações entre galpões logísticos, renda urbana, lajes corporativas, shoppings e um fundo classificado como hedge fund. A instituição afirma que a abordagem adotada tem se mostrado eficaz ao longo de 2025. No acumulado do ano, a carteira recomendada registra valorização de 27%, desempenho superior ao avanço de 21,7% do Ifix, principal índice de referência dos fundos imobiliários listados na bolsa brasileira.









