O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 4, que a inflação acumulada nos quatro anos do atual governo deverá ser a menor da história do país. A declaração foi feita durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, em Brasília. Segundo o ministro, o desempenho ficará abaixo dos registrados no Império, na República, no Plano Real e em demais períodos históricos. O indicador mais recente, o IPCA-15 de novembro, mostra inflação de 4,5% no acumulado de 12 meses.
Haddad disse que o cenário atual combina inflação mais baixa e redução do desemprego. A taxa de desocupação atingiu 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível da série iniciada em 2012 pelo IBGE. O ministro afirmou que essa combinação reduz o desconforto econômico da população.
Ele citou ainda que políticas como o Plano Safra e o Pronaf contribuíram para segurar os preços dos alimentos, e que a inflação desse grupo deve registrar o menor nível da série histórica. Haddad destacou que o resultado ocorre em um contexto de valorização do salário mínimo.
O ministro afirmou que os indicadores positivos não têm recebido a mesma repercussão observada em momentos de pressão econômica. Ele mencionou investimentos em infraestrutura, que somaram R$ 261 bilhões em 2024, volume que considera o maior já registrado. Haddad também comentou a valorização recente do mercado acionário e a trajetória do dólar, que opera ao redor de R$ 5,30.
O ministro voltou a criticar previsões econômicas que não se confirmaram e disse que algumas análises continuam sendo consideradas mesmo após sucessivos erros. Segundo ele, o déficit fiscal do atual mandato deve ser 70% menor do que o registrado no governo anterior e 60% inferior ao observado no período ainda anterior.
Haddad afirmou que o governo tem buscado manter transparência sobre as contas públicas e alinhamento a padrões internacionais, o que, segundo ele, contribuiu para que o Brasil se tornasse o segundo maior destino de investimento estrangeiro no mundo.










