A agenda econômica de 8 a 12 de dezembro de 2025

A semana começa com expectativa elevada nos mercados por conta da última Super Quarta de 2025, que reunirá decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. No cenário doméstico, a previsão predominante é de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, mas o foco estará no comunicado do Comitê de Política Monetária. A avaliação dos agentes é que o texto pode oferecer sinais sobre a possibilidade de início do ciclo de corte já na primeira reunião de 2026. No mesmo dia, o IBGE divulga o IPCA de novembro, indicador essencial para o monitoramento das pressões inflacionárias.

Nos Estados Unidos, o cenário-base entre analistas é de redução de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Fomc. A decisão deve ocorrer mais uma vez sem unanimidade, com ao menos três votos dissidentes entre os membros do comitê. Além da definição dos juros, a atenção estará voltada ao comunicado do Federal Reserve, à entrevista coletiva do chair Jerome Powell e à atualização do conjunto de projeções econômicas —incluindo o dot plot, gráfico que descreve a expectativa dos dirigentes para a trajetória futura da taxa básica. O mercado também acompanhará possíveis indicações sobre a adoção de um novo programa de quantitative easing.

A agenda de indicadores começa ainda no domingo, no horário de Brasília, com a divulgação do PIB do Japão referente ao terceiro trimestre. Na virada para a segunda-feira, serão conhecidos os dados do setor externo da China relativos a novembro. No Brasil, o Boletim Focus trará as projeções semanais para inflação, atividade e juros. Ainda na segunda, às 10h, está prevista a entrevista coletiva da Anfavea durante o Salão do Automóvel de São Paulo.

Na terça-feira, o destaque internacional recai sobre o discurso do presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, além de novos dados do mercado de trabalho americano, do relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos EUA e da inflação ao consumidor de novembro na China.

A partir de quinta-feira, a agenda volta a se concentrar no Brasil, com a divulgação das vendas no varejo e do volume de serviços referentes a outubro, dados que ajudarão a compor o quadro da atividade econômica no início do quarto trimestre. No exterior, os mercados acompanham também os relatórios mensais da Opep e da Agência Internacional de Energia, que devem trazer novas avaliações sobre a dinâmica global de oferta e demanda de petróleo.