A Azul obteve nesta sexta-feira a aprovação do Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York para seu plano de reorganização no âmbito do processo voluntário de Chapter 11, avançando para a fase final de sua reestruturação financeira. A decisão foi tomada após uma audiência realizada no dia 12 de dezembro, na qual a Justiça norte-americana confirmou o plano apresentado pela companhia, que havia recebido apoio integral dos credores com direito a voto.
A aprovação representa um marco relevante dentro da sequência de etapas iniciadas pela Azul ao ingressar no Chapter 11, processo que reorganiza obrigações financeiras e operacionais de empresas em reestruturação. Nos últimos meses, a companhia definiu classes de credores, distribuiu os materiais de votação e implementou o sistema de coleta de votos, seguindo o cronograma previamente comunicado ao mercado.
Com o aval judicial, a empresa se prepara para avançar para a implementação das medidas previstas no plano, que inclui uma reestruturação abrangente de seu balanço patrimonial. Entre os principais pontos estão a redução superior a US$ 3 bilhões em dívidas, obrigações de arrendamento, juros e custos recorrentes relacionados à frota. Segundo a empresa, a reestruturação permitirá alcançar indicadores de alavancagem melhores que os inicialmente projetados.
O plano também prevê uma Oferta de Direitos de Ações de até US$ 950 milhões, dos quais US$ 850 milhões já contam com garantia de parceiros estratégicos, entre eles AerCap, American Airlines e United Airlines. Além disso, incorpora acordos comerciais e revisões de contratos de arrendamento de aeronaves, que devem otimizar a estrutura de custos e ampliar a flexibilidade financeira no longo prazo.
O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que a aprovação demonstra confiança dos credores na estratégia de negócios da companhia e reforça o objetivo de concluir o processo com uma estrutura mais sólida. Ele destacou que a Azul espera finalizar a reorganização no início de 2026, quando serão consumadas as transações previstas e emitidas as novas ações da empresa já reorganizada.
Durante o processo, a Azul manteve suas operações normalmente, incluindo a malha aérea, o atendimento aos clientes e os programas de fidelidade. A empresa afirma continuar comprometida em garantir a regularidade dos serviços prestados em sua rede de mais de 130 destinos no país, ao mesmo tempo em que conclui as fases finais da reestruturação.
