A Apple tornou-se nesta terça-feira (28) a terceira empresa do mundo a alcançar US$ 4 trilhões (R$ 21,53 trilhões) em valor de mercado, juntando-se à Microsoft e à Nvidia no seleto grupo das gigantes bilionárias da tecnologia. O marco foi atingido com uma valorização de menos de 1% nas ações logo após a abertura da Bolsa de Nova York, refletindo o otimismo de investidores com o desempenho recente da companhia.
A conquista consolida a recuperação da Apple em meio a um cenário de crescente competição e avanços na inteligência artificial. O preço das ações da empresa subiu 28% nos últimos seis meses, impulsionado pela boa recepção do novo iPhone — cuja maior reformulação de design em anos levou milhões de consumidores fiéis a atualizar seus aparelhos. O movimento ajudou a recuperar a confiança do mercado, que até pouco tempo via a fabricante do iPhone como defasada em relação às rivais no campo da IA.
As preocupações com o ritmo de inovação em inteligência artificial diminuíram após o adiamento da atualização da assistente virtual Siri e a expectativa de novos recursos baseados em IA para o ecossistema da empresa. Além disso, o negócio de serviços da Apple, que inclui assinaturas e a App Store, deve ultrapassar US$ 100 bilhões em receitas anuais pela primeira vez quando a companhia divulgar seus resultados nesta quinta-feira (30), reforçando o caráter cada vez mais recorrente de sua receita.
O feito coloca a Apple ao lado de duas concorrentes que já haviam alcançado a marca bilionária nos últimos meses. A Nvidia, que se beneficiou diretamente do boom da inteligência artificial e da explosão na demanda por chips de alto desempenho, foi a primeira empresa listada em bolsa a atingir o valor de US$ 4 trilhões em julho, e hoje já vale US$ 4,7 trilhões. A Microsoft, por sua vez, cruzou brevemente o mesmo patamar no final de julho, após divulgar resultados sólidos no quarto trimestre e se beneficiar de sua parceria estratégica com a OpenAI.
Com o novo recorde, as três gigantes simbolizam o domínio do setor de tecnologia sobre os mercados globais e a concentração de valor em torno de empresas diretamente ligadas à inovação digital. Para os investidores, a valorização reflete tanto a confiança nos modelos de negócios quanto as expectativas sobre o papel dessas corporações na próxima fase da revolução da inteligência artificial.
