A produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em outubro em relação ao mês anterior, informou nesta terça-feira o IBGE. O resultado mantém o setor acima do nível pré-pandemia, situando-se 2,4% acima de fevereiro de 2020, embora ainda 14,8% abaixo do pico histórico de maio de 2011. Na comparação anual, houve queda de 0,5%, movimento contrário ao esperado pelo mercado, que projetava alta de 0,2%.
No acumulado de 2025, a indústria avançou 0,8%, enquanto nos últimos 12 meses houve crescimento de 0,9%, ritmo menor do que o observado em meses anteriores. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM).
Na passagem de setembro para outubro, três das quatro grandes categorias econômicas registraram expansão, assim como 12 dos 25 ramos acompanhados pelo IBGE. O principal destaque foi o setor de indústrias extrativas, que cresceu 3,6% após dois meses de retração. Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o resultado reflete maior produção de petróleo, minério de ferro e gás natural, revertendo a perda acumulada de 1,7% entre agosto e setembro.
Outros avanços ocorreram nos setores de produtos alimentícios (0,9%), veículos automotores (2,0%), produtos químicos (1,3%), equipamentos de informática e eletrônicos (4,1%) e vestuário (3,8%).
Entre os 13 segmentos em queda, dois tiveram maior impacto sobre o total da indústria: coque, derivados do petróleo e biocombustíveis, com recuo de 3,9%, e produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com queda de 10,8%. Conforme o IBGE, interrupções em unidades produtivas afetaram o setor de derivados de petróleo, enquanto a indústria farmacêutica acumula retração após forte expansão entre maio e agosto. Também contribuíram para o resultado negativo atividades como impressão e reprodução de gravações (-28,6%) e produtos do fumo (-19,5%).










