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As apostas do Santander para a carteira de dezembro

Portfólio do Santander segue apoiado em energia, bancos, commodities e telecom para oferecer previsibilidade de renda

O Santander decidiu manter inalterada a carteira recomendada de ações focadas em dividendos para dezembro, avaliando que a composição escolhida no mês anterior continua adequada para o momento. Segundo o banco, a estimativa de retorno com proventos nos próximos 12 meses permanece em 12,22%, sustentada principalmente por empresas dos setores de energia, petróleo, telecomunicações e do sistema financeiro, segmentos historicamente ligados à geração estável de caixa.

A instituição destaca que a opção por preservar o portfólio reflete uma leitura de continuidade nos fundamentos das companhias selecionadas, mesmo em um ambiente que ainda combina incertezas fiscais, juros elevados e volatilidade internacional. Para o banco, o conjunto atual oferece previsibilidade de resultados e capacidade comprovada de distribuição de dividendos, elementos considerados relevantes no encerramento do ano.

Entre os destaques, o Santander observa que empresas do setor elétrico, como Alupar e Copel, continuam apresentando estabilidade de receitas e margens resilientes, o que sustenta a manutenção de dividendos consistentes. No segmento bancário, as avaliações de Itaú e Bradesco permanecem amparadas por lucros recorrentes e histórico regular de pagamentos via juros sobre capital próprio, fatores que ajudam a compor o retorno estimado da carteira.

No caso de Petrobras e Vale, apontadas como impulsionadoras importantes do rendimento projetado, o banco ressalta a forte geração de caixa registrada ao longo do ano. Apesar da oscilação dos preços internacionais e da discussão recorrente sobre políticas de distribuição no caso da Petrobras, ambas seguem com papel estratégico para investidores em busca de retorno elevado. Telefônica Brasil reforça o caráter defensivo da seleção ao apresentar fluxo de caixa previsível e política estável de remuneração.

A carteira também segue com a inclusão de Santos Brasil, beneficiada pelo bom desempenho das operações portuárias, e da construtora Cury, que tem sustentado margens elevadas e forte ritmo de lançamentos mesmo com o custo do crédito pressionado. A presença da Vibra é mantida devido à resiliência observada no setor de combustíveis e à geração de caixa da companhia.

O Santander avalia que dezembro exige uma postura mais defensiva por parte dos investidores, com preferência por empresas capazes de atravessar ciclos econômicos adversos mantendo rentabilidade e distribuição de proventos. A instituição ressalta, contudo, que as estimativas de dividendos dependem do desempenho futuro das companhias e podem ser influenciadas por fatores externos, como oscilações de commodities, mudanças regulatórias e evolução das contas públicas. Na visão do banco, a carteira segue posicionada para entregar renda em um cenário de busca por menor volatilidade e previsibilidade na Bolsa.

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