Mansueto Almeida: BC pode antecipar corte de juros se ajuste fiscal for acelerado
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Atualmente, a expectativa de mercado projeta crescimento entre 1,5% e 2%, inflação de 5,6% e uma taxa de juros real acima de 9%, impactando o crédito e limitando o crescimento econômico

O Brasil deve registrar um crescimento econômico menor em 2025 e 2026, com juros elevados, podendo chegar a 15% ao ano até o fim de 2024. No entanto, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual, o cenário pode melhorar caso o governo acelere ou aprofunde o ajuste fiscal, o que poderia antecipar a queda dos juros pelo Banco Central.

Atualmente, a expectativa de mercado projeta crescimento entre 1,5% e 2%, inflação de 5,6% e uma taxa de juros real acima de 9%, impactando o crédito e limitando o crescimento econômico. Se o governo não avançar na agenda fiscal, os cortes na Selic só devem ocorrer no fim de 2024 ou início de 2026, encerrando o atual governo com juros em torno de 12%.

O pacote fiscal apresentado pelo governo no final de 2024, prevendo economia de R$ 327 bilhões até 2030, foi considerado insuficiente para conter o avanço da dívida pública. Além disso, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil gerou desconfiança no mercado, pois pode aumentar o déficit fiscal e pressionar a inflação.

Apesar do pessimismo recente, Almeida destaca que o Brasil não vive um cenário de crise como em 2015 e 2016. O setor de petróleo está forte, a Petrobras gera caixa, e os investimentos privados em energia e infraestrutura continuam crescendo. Embora o momento seja de incerteza e inflação elevada, a economia brasileira apresenta fundamentos mais sólidos do que há uma década.

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