Itau BBA reduz preço-alvo do Nubank e recomenda cautela a investidores
Publicidade
Carregando anúncio...
Segundo o Itaú BBA, o mercado subestimou os efeitos desse ajuste, o que resultou em uma redução no NII (receita líquida de juros) do cartão de crédito

Analistas do Itaú BBA mantiveram uma postura cautelosa em relação às ações do Nubank, reiterando a recomendação de "market perform" e reduzindo o preço-alvo de US$ 13 para US$ 12, conforme relatório divulgado nesta quarta-feira (26). A revisão ocorreu após a divulgação dos resultados trimestrais, levando os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard a rebaixar as projeções de lucro por ação (LPA) para 2025 em 14% e para 2026 em 21%. O principal fator para esse ajuste foi o impacto na lucratividade do cartão de crédito, decorrente de mudanças no financiamento via PIX.

Segundo o Itaú BBA, o mercado subestimou os efeitos desse ajuste, o que resultou em uma redução no NII (receita líquida de juros) do cartão de crédito, levando os NIMs (margens financeiras líquidas) a um novo patamar inferior em 2025. O relatório também aponta para uma desaceleração na concessão de empréstimos pessoais, impulsionada por um ambiente macroeconômico menos favorável, o que contribuiu para ajustes negativos nos volumes esperados.

Com a recente correção no preço dos papéis, o Itaú BBA avalia que o Nubank está sendo negociado a um múltiplo preço/lucro (P/L) de 24 vezes para 2025, com a ação cotada a US$ 10,8. Apesar da expectativa de um crescimento de lucros ainda robusto, estimado em 20% ao ano, com projeção de R$ 12,7 bilhões (US$ 2,2 bilhões) em 2025, o banco considera que o valuation segue elevado. Os analistas destacam que, embora reconheçam o potencial de longo prazo do Nubank, um nível de risco mais equilibrado só seria atingido se o múltiplo de P/L caísse abaixo de 20 vezes, de acordo com as projeções mais conservadoras.

redacao
Conta Oficial Verificada