A Heineken registrou um lucro de 978 milhões de euros em 2024, representando uma queda de 57,6% em comparação com o resultado de 2023. As receitas também apresentaram recuo, caindo 1,8% para 29,82 bilhões de euros no mesmo período. Esse declínio no lucro foi atribuído a itens excepcionais e amortizações, principalmente relacionados a uma perda não monetária no investimento da companhia na China Resources Beer durante o primeiro semestre do ano.
Apesar da queda no lucro líquido, o lucro operacional da empresa apresentou um crescimento de 8,9%, totalizando 3,52 bilhões de euros. Esse desempenho positivo foi impulsionado por ganhos de eficiência operacional e estratégias de expansão em mercados-chave.
Em relação ao desempenho de vendas, os volumes de cerveja tiveram um crescimento orgânico de 1,6% em comparação com 2023, com expansão registrada em todas as regiões onde a companhia atua. O segmento premium se destacou, com um aumento de 5,2% no volume, liderado pela marca Heineken, que cresceu expressivos 8,8% globalmente. Já o volume de cervejas consideradas “populares” registrou alta de 2%, com destaque para marcas importantes da empresa, como Amstel no Brasil, Cruzcampo no Reino Unido e Kingfisher na Índia.
As despesas com marketing e vendas aumentaram 10,7%, refletindo investimentos significativos em mercados estratégicos, incluindo Brasil, México, África do Sul, Nigéria, Vietnã e Índia. Esses aportes visam fortalecer a presença da marca nesses países e impulsionar o crescimento das principais linhas de produtos. O desempenho da Heineken em 2024 reflete, portanto, um cenário de desafios financeiros, mas também de expansão operacional e consolidação de marcas em mercados emergentes.
