UBS BB eleva preço-alvo e projeções de lucro do Magazine Luiza
Os analistas do banco reduziram ligeiramente as estimativas de receita bruta em cerca de 1% devido a um menor crescimento do volume bruto de mercadoria (GMV) online

O UBS BB revisou suas estimativas para o Magazine Luiza (MGLU3), incorporando os resultados do primeiro trimestre de 2025 e o cenário atual do varejo. Com isso, o banco elevou o preço-alvo da ação de R$ 7,50 para R$ 11, o que representa um potencial de valorização de cerca de 15% em relação ao último fechamento. Também foram ajustadas as previsões de lucro líquido, que agora passam para R$ 322 milhões em 2025 e R$ 576 milhões em 2026, ante estimativas anteriores de R$ 146 milhões e R$ 442 milhões, respectivamente.

A equipe de análise, liderada por Vinicius Strano, destacou que os resultados do Magalu devem ser impulsionados principalmente pelo desempenho da Luizacred e da receita de serviços, o que deve compensar, ao menos parcialmente, o cenário ainda desafiador do e-commerce. Para este ano, a varejista está priorizando avanços nas taxas de conversão online por meio de melhorias tecnológicas, incluindo maior visibilidade dos produtos, navegação aprimorada e ampliação das opções de pagamento.

Apesar da perspectiva mais positiva para fluxo de caixa e margens operacionais, o UBS BB mantém recomendação neutra para o papel. O banco aponta que a concorrência intensa no e-commerce, as taxas de juros ainda elevadas e a pressão sobre fornecedores causada pela possível alta na tributação do IOF representam riscos que limitam o entusiasmo com a ação no curto prazo.

Mesmo com uma leve redução de cerca de 1% nas projeções de receita bruta, devido ao crescimento mais lento do volume bruto de mercadorias (GMV) online, o UBS BB aumentou suas estimativas de Ebitda em 2% a 5%, reflexo de margens mais elevadas impulsionadas pelo bom desempenho dos serviços financeiros. Com isso, a expectativa de Ebitda foi ajustada para R$ 3,3 bilhões em 2025 e R$ 3,5 bilhões em 2026.

Outro ponto observado pelo banco foi a recente autorização do Banco Central para que o MagaluPay atue como uma instituição financeira licenciada. A medida abre caminho para novas possibilidades de financiamento e eficiência tributária, além de reforçar a estratégia do Magalu de ampliar a oferta de crédito direto ao consumidor (CDC) no e-commerce. O UBS BB acredita que isso pode ajudar a impulsionar o crescimento futuro do GMV da companhia.

Por fim, a monetização de créditos fiscais também é vista como um fator adicional de desalavancagem para os próximos anos.

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