Companhia, que é dona da rede Whole Foods, abriu 11 lojas Amazon Fresh, para venda de produtos frescos com tecnologia nas lojas

Amazon está de olho nos supermercados, especialmente em trazer mais tecnologia para a experiência. A empresa abriu mais uma loja Amazon Fresh nos Estados Unidos, nesta quinta-feira, de acordo com a Bloomberg.

É a 11ª desde setembro do ano passado, quando a empresa lançou mais uma frente de atuação no varejo físico. O gigante é dono ainda da cadeia de supermercados Whole Foods (adquirida em 2017 por 13,7 bilhões de dólares), focada em comida natural e orgânica, e da rede Amazon Go, que funciona mais como uma loja de conveniência — com o diferencial de que não existem caixas, o consumidor coloca no carrinho e tem as compras lançadas no cartão de crédito na saída.

A Amazon já vende alimentos e itens para casa há dez anos — só que no online. A empresa tem uma parcela pequena desse mercado, estimado em 900 bilhões de dólares nos Estados Unidos. Competidores, como o gigante Walmart, começam incursões no mundo digital, enquanto que a Amazon ganha espaço com as lojas de tijolos.

As novas Amazon Fresh não detêm a mesma tecnologia que as lojas de conveniência sem caixas, mas exploram algumas inovações. Os carrinhos de compras, por exemplo, são equipados com telas sensíveis ao toque e integradas ao restante do ecossistema da empresa.

Ao colocar as compras no carrinho, ele calcula o valor dos itens e torna o processo de saída mais fácil, com a cobrança dos itens direto do cartão de crédito cadastrado na conta Amazon. A tela pode acessar a lista de compras da Alexa e tem um leitor de cupons para descontos. Dependendo do tamanho das compras, é possível simplesmente sair com o carrinho e pagar com pouca complicação.

Analistas consultados pela Bloomberg apontam que as lojas são mais baratas para lançar e custam pouco para manter, uma arma que pode ser usada pela Amazon em um setor conhecido pelas margens pequenas.

Os dados que a empresa já tem dos consumidores, como a densidade de assinantes Prime numa mesma região, são fatores de peso para decidir onde abrir a próxima loja. Os hábitos de compra e produtos mais comprados ajudaram a preencher as prateleiras.

Apesar disso, esse é um mercado competitivo nos Estados Unidos e analistas estimam que a Amazon precise de centenas de lojas nos próximos anos para ser um competidor relevante. Trinta e nove delas já estão a caminho.

 

(Thiago Lavado)

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