Esse desempenho traduz-se em um aumento expressivo de 305,7% e 298,2%, respectivamente, quando comparado ao mesmo período do ano passado

Em fevereiro, os lançamentos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) alcançaram um valor impressionante de R$ 7,4 bilhões, enquanto o acumulado para o bimestre atingiu R$ 10,9 bilhões, conforme destacado em relatório da Anbima, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Esse desempenho traduz-se em um aumento expressivo de 305,7% e 298,2%, respectivamente, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Esse avanço se dá em um contexto onde, pouco mais de um mês antes, o Conselho Monetário Nacional (CMN) introduziu modificações nas diretrizes que norteiam a emissão de títulos, incluindo os CRIs e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), com ajustes subsequentes sendo realizados.

No que diz respeito às emissões de CRAs, o mês passado viu um aumento de 54%, alcançando R$ 3,6 bilhões. Quando observamos o total dos dois primeiros meses do ano, a expansão é ainda mais significativa, chegando a 67%, para um total de R$ 5,1 bilhões.

O mercado de capitais como um todo apresentou números robustos em fevereiro, com ofertas totais atingindo R$ 43,2 bilhões, segundo o relatório da Anbima. Isso representa um crescimento de 170,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Para o primeiro bimestre, o volume captado foi de R$ 64 bilhões, um aumento de 50,6% comparado ao mesmo período em 2023.

Dentre as modalidades de captação, as debêntures se destacaram novamente, somando R$ 22,4 bilhões em fevereiro - um aumento de 237,1% em relação ao ano anterior - e R$ 30,7 bilhões no bimestre, refletindo um crescimento de 21,1% em relação ao mesmo período de 2023.

A destinação dos recursos captados nos primeiros meses deste ano focou principalmente na gestão rotineira dos negócios (32,2%) e em investimentos em infraestrutura (16,9%), com o prazo médio dos títulos mantendo-se estável, em torno de 6,79 anos, próximo ao período do ano anterior (6,95 anos).

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) também viram um aumento, com R$ 2,5 bilhões captados em fevereiro e R$ 5,5 bilhões no acumulado do ano, representando crescimentos de 74,3% e 51,8%, respectivamente.

Entre os produtos híbridos, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) foram um destaque particular, registrando R$ 4,0 bilhões em fevereiro - um salto de 123,9% - e R$ 7,1 bilhões no bimestre, indicando um aumento de 114,5%.

Por fim, na categoria de renda variável, as primeiras operações de oferta subsequente de ações (follow-on) do ano concluíram com R$ 3,1 bilhões em emissões em fevereiro, período em que, nos primeiros dois meses de 2023, não se registrou ofertas.

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