Os brasileiros movimentaram R$ 247,8 bilhões em criptomoedas entre janeiro e setembro de 2024, um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2023, conforme dados da Receita Federal. Esse volume se aproxima do valor de mercado da Vale (VALE3).
A criptomoeda mais negociada foi a Tether (USDT), uma stablecoin atrelada ao dólar, com operações que somaram R$ 153,7 bilhões. A Tether tem sido usada em esquemas de contrabando e, recentemente, a Polícia Federal desmantelou uma operação criminosa envolvendo a moeda digital.
O Bitcoin (BTC), maior criptoativo em valor de mercado, ficou em segundo lugar com R$ 35 bilhões negociados. Em seguida, vêm a USD Coin (USDC) com R$ 9 bilhões, Ethereum (ETH) com R$ 7,8 bilhões e, na quinta posição, a stablecoin brasileira Brazilian Digital Token (BRZ), que movimentou R$ 5,9 bilhões.
Dos valores declarados à Receita, cerca de 66% foram negociados por empresas em exchanges, 22% por pessoas físicas e jurídicas fora de corretoras (usando carteiras de tokens), e 12% por empresas e investidores em exchanges no exterior. Vale destacar que a obrigatoriedade de declarar criptomoedas só se aplica a quem possui mais de R$ 5 mil em ativos digitais.
Apesar de o Bitcoin ocupar tradicionalmente o segundo lugar em popularidade no Brasil, sua valorização em 2024 tem atraído atenção, impulsionada pelas eleições nos EUA e pela queda dos juros no país. Recentemente, o Bitcoin atingiu uma nova máxima em reais devido à diferença cambial.
(Com informações do Portal InfoMoney)
