Como investir antes da decisão do Copom sobre a Selic? Renda fixa, Bolsa e fundos
O mercado financeiro se antecipa: expectativas para a decisão do Copom sobre a Selic e oportunidades de investimento

No mercado financeiro, a antecipação é a chave para evitar perdas. Atualmente, a aposta majoritária é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manterá a Selic em 10,50% ao ano. Esse cenário já está precificado pelos especialistas, que analisam os impactos nos investimentos.

Renda Fixa

Apesar dos juros altos, títulos atrelados ao CDI não são os preferidos dos analistas. O Tesouro Selic ainda ocupa um espaço relevante nas carteiras, mas há uma recomendação crescente para a concentração em títulos de inflação e prefixados, como as NTN-Bs (Tesouro IPCA+), com vencimento em 2032, sendo destacados. Os títulos prefixados curtos também são uma aposta, enquanto no crédito privado, a recomendação é cautela, com foco em papéis de menor duração e setores como saneamento e transmissão de energia.

Ações

O Ibovespa está se recuperando, e os especialistas veem oportunidades para quem tem apetite por risco. Renato Nobile, da Buena Vista Capital, destaca a atratividade dos preços, especialmente com uma abordagem de stock picking. Ele elogia ações como Sabesp e administradoras de shopping centers, como Allos e Iguatemi, pela avaliação de estarem abaixo do valor justo. Monica Araújo, da InvestSmart, recomenda setores mais resilientes como energia, telecomunicações, bancos e saneamento básico.

Investimentos no Exterior

Nos Estados Unidos, tanto a renda fixa quanto a variável apresentam oportunidades. A expectativa é de cortes nos juros em breve, mantendo as taxas atraentes. O mercado de ações, especialmente no setor de tecnologia, continua a ser uma recomendação forte, com destaque para empresas como Meta e Alphabet, que estão valorizadas apesar das incertezas sobre a Inteligência Artificial.

Fundos de Crédito e Multimercados

Apesar dos desafios atuais, os fundos de crédito privado e multimercados ainda têm espaço nas carteiras, principalmente pela agilidade dos gestores em alocar recursos. A seleção criteriosa de gestoras é essencial neste momento.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Embora os FIIs tenham sofrido este ano, alguns especialistas veem oportunidades, especialmente em fundos de tijolos e papéis. O dividend yield atrativo e as cotas descontadas são fatores que podem atrair investidores dispostos a ter paciência e tolerar a volatilidade do mercado.

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