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Na próxima semana, nos dias 17 e 18 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá para deliberar sobre o futuro da taxa básica de juros do Brasil, a Selic. Atualmente fixada em 10,50% ao ano, a expectativa é grande em torno da decisão, que será divulgada na quarta-feira, após as 18h30.
Na última reunião, realizada no final de julho, o Copom sinalizou duas possíveis direções para a política monetária do país. A primeira opção sugerida pelo colegiado é manter a Selic em um nível elevado por um "período suficientemente longo", com o objetivo de trazer a inflação ao centro da meta. A segunda alternativa mencionada foi a possibilidade de elevar os juros novamente, caso seja necessário para garantir o controle inflacionário. A postura firme do comitê em relação à inflação ficou clara com a declaração de que "não hesitará" em adotar medidas mais rigorosas, se necessário.
Atualmente, a meta contínua de inflação estabelecida pelo Banco Central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, tanto para cima quanto para baixo. Isso significa que a inflação pode variar entre 1,5% e 4,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. No entanto, o horizonte de referência para o cumprimento dessa meta, conforme discutido na última reunião, é o primeiro trimestre de 2026.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao final da reunião de julho, fez questão de frisar que, caso haja um ajuste na Selic, esse processo será conduzido de forma gradual. O mercado financeiro, por sua vez, já especula sobre qual será o próximo movimento do Copom, com previsões indicando uma possível alta de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
A decisão do Copom é aguardada com atenção tanto pelo mercado quanto pelos agentes econômicos, uma vez que a Selic impacta diretamente o custo do crédito, os investimentos e, consequentemente, o ritmo de crescimento da economia brasileira.