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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou, nesta segunda-feira (7), que a desancoragem das expectativas de inflação preocupa todos os membros do Copom, exigindo uma política monetária mais rígida e prolongada. Segundo ele, o uso do termo “todos” nas últimas atas foi proposital, para reforçar o peso do risco inflacionário no atual cenário econômico.
Durante evento do Top 5 Focus em São Paulo, Guillen destacou a relevância das projeções do mercado no regime de metas e exaltou a qualidade do relatório Focus, reconhecido até por bancos centrais de países desenvolvidos. Ele afirmou que a amplitude de variáveis — como inflação, fiscal, atividade e juros — faz do Focus uma ferramenta completa para análise da economia.
O diretor classificou o cenário atual como “extremamente incerto”, com múltiplas camadas de riscos, sobretudo no ambiente internacional. Entre os pontos de atenção estão os efeitos das tarifas dos EUA e os próximos passos do Federal Reserve, fatores que seguem pressionando as expectativas e aumentando o desafio para a política monetária no Brasil.