O Ibovespa teve uma sessão tumultuada, oscilando ao longo do dia para encerrar com um ganho de 0,25%, atingindo 122.641,30 pontos, um acréscimo de 309,91 pontos. O desfecho positivo foi decidido nos momentos finais do pregão, reflexo de um dia agitado marcado pelo IPCA-15, declarações de Lula, reunião do CMN e volatilidade nos mercados globais. O dólar comercial também teve um dia de alta, chegando a R$ 5,51, enquanto os juros futuros apresentaram aumentos consistentes em toda a curva.
A valorização do dólar globalmente influenciou o cenário interno, exacerbando as preocupações com a economia brasileira. Em entrevista ao UOL antes da abertura do mercado, o presidente afirmou categoricamente sua posição sobre o salário mínimo, reforçando um cenário fiscal tenso que tem sido percebido de forma negativa pelos economistas.
A expectativa de ajustes fiscais adicionou pressão ao mercado de câmbio, segundo analistas, mesmo com uma leitura moderada do IPCA-15 de junho. Para alguns, esse dado indica um potencial aumento da inflação no Brasil nos próximos anos, contrastando com visões mais benignas recentes.
A figura de Lula também foi central, com suas declarações afetando o sentimento dos investidores. Além disso, o governo publicou um decreto que reformula o sistema de metas de inflação, prevendo mudanças significativas a partir do próximo ano.
No campo das ações, Vale, Suzano e WEG contribuíram para segurar o Ibovespa em território positivo, enquanto o setor financeiro e as companhias aéreas enfrentaram quedas significativas, refletindo as preocupações do mercado com o cenário econômico.
No geral, o dia foi marcado por uma mistura de otimismo cauteloso e preocupações persistentes, com indicadores econômicos e eventos políticos influenciando a direção dos mercados financeiros.
