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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou uma variação de 0,45% em julho, desacelerando em relação aos 0,83% observados no mês de junho, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (17). Com esse resultado, o índice acumula uma alta de 1,63% no ano e de 3,38% nos últimos 12 meses.
Em um comparativo anual, em julho de 2023, o índice havia apresentado uma queda de 1,10% no mês e uma retração acumulada de 7,89% ao longo de 12 meses.
O economista André Braz, da FGV/Ibre, destacou que, apesar dos efeitos sazonais e da desvalorização mais acentuada do real frente ao dólar, os componentes do IGP-10 mostraram sinais de desaceleração entre junho e julho.
“No âmbito do produtor, a queda nos preços dos alimentos in natura contribuiu significativamente para essa desaceleração. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação do custo de vida, esse efeito também foi observado, resultando em deflação no grupo de alimentação”, explicou Braz em nota oficial.
A análise dos dados revela que a redução nos preços dos alimentos in natura teve um papel crucial na desaceleração do IGP-10. Este fenômeno não só aliviou a pressão inflacionária para os produtores, como também impactou diretamente o custo de vida dos consumidores, evidenciado pela deflação no grupo de alimentação do IPC.
A desaceleração do IGP-10 pode sinalizar um momento de alívio para a inflação, mas a desvalorização do real e outros fatores sazonais ainda permanecem como variáveis importantes a serem observadas nos próximos meses.
A variação do IGP-10 é um importante termômetro para a economia do país, refletindo movimentos tanto no atacado quanto no varejo e servindo como referência para ajustes contratuais e políticas econômicas. A continuidade dessa tendência de desaceleração pode trazer um cenário mais favorável para a economia brasileira, com potenciais impactos positivos no consumo e na confiança do mercado.