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A obesidade tem aumentado nos últimos anos na população brasileira. Em 2018, um estudo coordenado pelos pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em parceria com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apontou que o IMC acima de 25 amplia em até treze vezes o risco de tumores cancerígenos.
“A qualidade de vida é um fator determinante para a redução dos riscos de câncer. Alimentação saudável e exercícios regulares são as duas principais indicações para os pacientes”, orienta o oncologista Ramon Andrade de Mello.
Comemorado no dia 11 de outubro, o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade serve de alerta para essa epidemia silenciosa, que afeta todos os países. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2020, 61,7% da população adulta brasileira estava com excesso de peso. Entre 2002 e 2003, esse percentual era de 43,3%.
Os pacientes obesos podem desenvolver diversos tipos de câncer como os de mama, de fígado, próstata, esôfago e colorretal. “A gordura no organismo pode provocar o aparecimento de hormônios, que estimulam o surgimento e crescimento dos hormônios dependentes. Entre eles, aqueles relacionados com o câncer de mama e de ovários”, explica Ramon Andrade de Mello.
O pesquisador esclarece ainda que a obesidade provoca um estado inflamatório crônico no organismo, reduzindo a sua imunidade: “O paciente vai ficar com suas defesas baixas, o que amplia as chances das células tumorais de se proliferarem”.
Os alimentos com excesso de sal, condimentados, defumados e gordurosos estão na lista daqueles que contribuem, por exemplo, para o aparecimento de tumores no estômago: “O consumo frequente de álcool e o tabagismo também aumentam as chances do organismo desenvolver um câncer”, alerta