Tebet afirma que arcabouço fiscal atual não será viável para o próximo presidente em 2027
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Segundo a ministra, sem mudanças nas regras fiscais, o Brasil poderá enfrentar um cenário de inflação alta, crescimento descontrolado da dívida pública e impactos negativos na economia

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o atual arcabouço fiscal não será sustentável para garantir a estabilidade econômica após 2027. Segundo ela, sem mudanças nas regras fiscais, o Brasil poderá enfrentar um cenário de inflação alta, crescimento descontrolado da dívida pública e impactos negativos na economia.

Em entrevista à GloboNews, Tebet destacou que, independentemente de quem assumir a presidência, será necessário um ajuste fiscal para evitar um colapso financeiro.

A ministra apontou uma "janela de oportunidade" entre novembro e dezembro de 2026 para implementar medidas de ajuste estrutural, período em que o novo governo eleito poderá iniciar mudanças sem comprometer a transição.

Ela defendeu cortes de gastos e uma reavaliação dos investimentos públicos, ressaltando que o governo precisa encontrar o equilíbrio certo para garantir sustentabilidade da dívida, redução de juros e inflação, além de estimular o crescimento. No entanto, alertou que essas ações exigirão decisões impopulares.

Tebet também fez críticas à PEC de Transição, aprovada em 2022, que elevou os gastos do governo em R$ 145 bilhões para recompor despesas sociais. Para ela, a medida representou uma "gastança" e demonstrou que o Congresso não adotou a postura fiscalista esperada.

"Achávamos que teríamos um parceiro mais fiscalista no Congresso Nacional, e não foi", afirmou, ressaltando a necessidade de um diálogo mais eficiente sobre a responsabilidade fiscal.

Em relação às metas fiscais para 2026, a ministra reafirmou que o governo está comprometido com o déficit zero em 2024, sem recorrer a medidas artificiais ou subsídios ineficazes. Além disso, defendeu reformas estruturais, como a redução da jornada de trabalho para o modelo 5 por 2, que, segundo ela, poderá aumentar a produtividade e beneficiar empresários e trabalhadores.

Por fim, mencionou que a isenção de impostos sobre alimentos importados começará a refletir nos preços dentro de 30 dias, ajudando a conter a inflação e incentivar o abastecimento do mercado interno.

 

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