Vendas do Tesouro Direto batem recorde e ultrapassam R$ 11 bilhões em março
Mesmo com o resgate líquido de R$ 742 milhões, a alta na Selic (hoje em 14,25% ao ano) e a expectativa de inflação mantêm os títulos públicos atrativos

As vendas do Tesouro Direto bateram recorde em março, alcançando R$ 11,69 bilhões — o maior valor desde a criação do programa, em 2002. O resultado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (30), foi impulsionado pelo vencimento de títulos atrelados à Selic, que gerou reinvestimentos em novos papéis. O valor representa alta de 103% em relação a fevereiro e de 231% na comparação com março de 2024.

Os títulos mais vendidos foram os corrigidos pela Selic, que responderam por 63,2% das vendas, seguidos pelos indexados à inflação (19,1%) e pelos prefixados (11,6%). O Tesouro Renda+ e o Educa+, voltados para aposentadoria e educação, representaram juntos apenas 6,1% das vendas. O estoque total do Tesouro Direto chegou a R$ 165 bilhões, com alta de 23,9% em 12 meses.

A maior parte das operações foi feita por pequenos investidores: 72,2% das vendas foram de até R$ 5 mil, e 48,9% de até R$ 1 mil. O número total de investidores ativos atingiu 2,9 milhões, enquanto o total de cadastrados ultrapassou 31,9 milhões.

 

Mesmo com o resgate líquido de R$ 742 milhões, a alta na Selic (hoje em 14,25% ao ano) e a expectativa de inflação mantêm os títulos públicos atrativos. O governo usa a venda desses papéis para captar recursos e financiar a dívida pública.

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