O fortalecimento do dólar diante do real nesta terça-feira (17) impulsionou a alta nas taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã e à expectativa pela “superquarta” de decisões sobre juros no Brasil e nos EUA. A taxa do DI para janeiro de 2026 subiu para 14,865% e a de janeiro de 2027 foi a 14,235%. Já contratos mais longos, como os de 2031 e 2033, também registraram alta.
A valorização do dólar foi influenciada por rumores de possível envolvimento dos EUA na guerra, aumentando a cautela no mercado. Notícias de ataques entre Irã e Israel, incluindo ações cibernéticas e ofensivas a alvos militares, elevaram o clima de tensão. A liquidez no mercado também foi afetada pela espera das decisões do Copom e do Federal Reserve.
Enquanto investidores globais buscavam segurança nos Treasuries, pressionando seus rendimentos para baixo, no Brasil havia divisão quanto ao rumo da Selic. A B3 apontava 61% de chance de alta de 0,25 ponto percentual, levando a taxa a 15% ao ano, contra 37,5% de chance de manutenção.
Analistas, como os da SulAmérica, veem maior probabilidade de manutenção da Selic, alinhados ao boletim Focus. Já o HSBC manteve sua previsão de alta. A incerteza e o cenário geopolítico reforçam a cautela dos investidores às vésperas da decisão monetária.