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Aposentadoria é principal meta dos investidores brasileiros, aponta pesquisa

Levantamento da CVM revela que maioria dos investidores brasileiros busca reservas para aposentadoria, com predominância do perfil arrojado

A formação de reservas para a aposentadoria é o principal objetivo dos investidores brasileiros, segundo a pesquisa Perfil e Comportamento dos Investidores 2024, divulgada nesta terça-feira (16) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O levantamento coletou 1.371 respostas válidas entre 15 de janeiro e 15 de fevereiro e mostrou que a maioria dos participantes se identifica com o perfil arrojado.

De acordo com os dados, 52% dos entrevistados se classificaram como arrojados, 36% como moderados e 9% como conservadores. Entre os mais dispostos a correr riscos, 76% declararam ter como meta a criação de renda passiva e 74% a formação de reservas para aposentadoria. Esse mesmo objetivo foi citado por 68% dos moderados e por 63% dos conservadores.

O estudo também traçou o perfil socioeconômico dos investidores. A pesquisa apontou predominância masculina, com 87% dos respondentes, e 75% se autodeclararam brancos, 18% pardos e 2,3% pretos, enquanto 2,4% preferiram não responder. A maior parte dos participantes está concentrada no Sudeste, representa 63% do total, e 89% possui curso superior ou pós-graduação. Quanto à faixa etária, 31% têm entre 46 e 59 anos, e 49% declararam renda familiar entre cinco e 20 salários mínimos.

No que se refere aos produtos financeiros, os arrojados se destacam pela exposição ao mercado de renda variável, com 85,56% investindo em ações e 58,33% em fundos imobiliários. Já os conservadores preferem aplicações de baixo risco e baixa volatilidade, como CDBs e RDBs (55,04%), fundos de renda fixa ou multimercado (37,98%), além de LCI, LCA e LF (34,88%) e Tesouro Direto (31,78%). Os moderados, por sua vez, apresentam um portfólio mais diversificado, combinando renda variável e fixa, com destaque para ações (74,29%), CDB/RDB (62,55%) e Tesouro Direto (60,73%).

O relatório mostrou ainda que 86% dos entrevistados se consideram preparados para lidar com imprevistos financeiros. Entre as prioridades apontadas, 45% buscam rentabilidade, 42% priorizam a diversificação da carteira e outros 42% demonstram interesse em ampliar a educação financeira.

Segundo Paulo Portinho, gerente de educação e inclusão financeira da CVM, os resultados ajudam a direcionar políticas públicas e programas de conscientização. “Esses dados são importantes para traçar estratégias mais assertivas e promover campanhas de educação financeira, visando um ambiente mais acessível e inclusivo”, afirmou.

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