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Empresas de diferentes setores estão aproveitando o momento positivo do mercado para emitir novas séries de debêntures e certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Entre o final de outubro e o início de novembro, Cosan, SmartFit e MRV lideram captações significativas com o objetivo de reforçar suas finanças e otimizar a gestão de passivos.
Cosan lança nova oferta de R$ 2,5 bilhões em títulos
A Cosan, gigante do setor de energia e infraestrutura, iniciou ontem apresentações a investidores para lançar uma nova oferta de R$ 2,5 bilhões em debêntures. Essa operação ocorre poucos meses após a empresa ter levantado R$ 1,25 bilhão em junho, marcando seu retorno ao mercado de capitais para aprimorar a gestão de passivos financeiros.
A oferta será dividida em três séries de papéis, com vencimento em quatro, seis e dez anos. A remuneração será definida após a coleta de intenções no dia 6 de novembro, mas a empresa já sinalizou suas expectativas: na primeira série, o pagamento deverá ser o CDI mais 0,5%; na segunda, CDI mais 0,72%; e na terceira, CDI mais 1,3%. Em sua última emissão, em junho, as taxas de remuneração foram CDI mais 1% e 1,5%, com prazos de cinco e dez anos.
A operação conta com a participação do Bradesco BBI como coordenador líder, além do Citi e Itaú BBA.
SmartFit capta R$ 300 milhões para reforço de capital de giro
A SmartFit, maior rede de academias da América Latina, também anunciou uma nova emissão de debêntures, desta vez no valor de R$ 300 milhões. Os recursos captados serão destinados a propósitos corporativos gerais e ao reforço de capital de giro da empresa, que segue em plena expansão no mercado fitness.
A emissão será feita em uma série única, com prazo de cinco anos e amortização a partir do quarto ano. A remuneração máxima que a empresa pretende pagar é CDI mais 0,89%, ligeiramente inferior à taxa de CDI mais 1,1% oferecida na última captação, realizada em julho, quando a SmartFit levantou R$ 450 milhões.
O UBS BB está coordenando a operação.
MRV conclui captação de R$ 641,4 milhões em CRIs
A MRV, uma das maiores incorporadoras imobiliárias do Brasil, finalizou ontem uma captação de R$ 641,4 milhões em certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Inicialmente, a oferta base era de R$ 600 milhões, mas a forte demanda permitiu que a captação superasse as expectativas, com possibilidade de atingir até R$ 750 milhões.
Os papéis emitidos foram divididos em duas séries: a primeira, no valor de R$ 538,6 milhões, terá remuneração equivalente a 110% do DI; já a segunda série, de R$ 102,7 milhões, oferecerá uma taxa de 8,0483% ao ano. O BTG Pactual, XP e Santander foram os coordenadores da operação.