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O volume de serviços prestados no Brasil caiu 0,9% em novembro de 2024 em relação a outubro, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que previa uma redução mediana de 0,4%, com projeções variando entre uma queda de 1,6% e um avanço de 0,3%.
Essa retração interrompe o crescimento registrado em outubro, quando o setor havia avançado 1,4%, após revisão de alta inicialmente divulgada como 1,1%. Na comparação com novembro de 2023, o volume de serviços ainda apresentou alta de 2,9%, enquanto no acumulado dos 12 meses até novembro o crescimento foi de 2,9%. No ano, até novembro, o setor acumulou avanço de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar da queda mensal, o setor de serviços permanece em um patamar 16,9% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas está 0,9% abaixo do pico da série histórica, alcançado em outubro de 2024. A receita nominal do setor teve uma leve alta de 0,1% em novembro na comparação mensal e subiu 6,6% frente ao mesmo mês de 2023. O desempenho de novembro, porém, frustrou as expectativas de crescimento anual, que apontavam para um avanço de 3,3%, com estimativas variando entre 2,6% e 5%.
A desaceleração do setor pode ser explicada por fatores como a moderação do consumo das famílias, a alta dos juros e a maior cautela empresarial diante de incertezas econômicas globais. Ainda assim, o setor de serviços segue como um dos motores da economia brasileira, acumulando crescimento expressivo em 2024, impulsionado por áreas como tecnologia, transportes e segmentos relacionados ao consumo. Agora, o mercado aguarda os resultados de dezembro para avaliar se o desempenho de novembro indica uma tendência de desaceleração ou apenas um ajuste pontual. Para 2025, a expectativa é de que o setor continue em expansão, embora em ritmo moderado, dependendo de fatores como política monetária, recuperação do mercado de trabalho e demanda interna.