As ações da B3 (B3SA3) tiveram forte alta pelo segundo dia consecutivo, impulsionadas por dados operacionais positivos divulgados na quinta-feira (13) e pelo otimismo do mercado após a vitória da companhia no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Às 14h35, os papéis da operadora da Bolsa brasileira subiam 7,24%, cotados a R$ 12,44. O relatório da XP destacou a recuperação no segmento de derivativos como um dos fatores que favoreceram os números de fevereiro.
Apesar do avanço nos derivativos, o mercado à vista segue pressionado pelo cenário macroeconômico, enquanto a renda fixa continua apresentando bom desempenho. O volume médio diário negociado (ADTV) para ações à vista atingiu R$ 24,9 bilhões, um aumento de 9,7% em relação a janeiro, mas 0,4% menor na comparação anual.
A XP manteve recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 14, enquanto o Goldman Sachs ressaltou que os dados operacionais vieram acima das estimativas do banco, reforçando uma posição de compra com preço-alvo de R$ 12.
O JPMorgan também manteve uma visão cautelosa, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 14,50. O banco destacou que a velocidade de giro caiu para 153% ante 155% no ano anterior e que o valor de mercado médio teve queda de 9% na comparação anual.
Apesar disso, o Goldman Sachs avalia que a B3 ainda apresenta um perfil defensivo, negociando a múltiplos descontados em relação aos pares globais e com um dividend yield sólido de 8%, o que pode sustentar o interesse dos investidores no papel.
