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O lucro líquido da Gol Linhas Aéreas subiu para R$ 3.8 bilhões no 1º trimestre de 2024. Em bases recorrentes, no entanto, a companhia aérea registrou prejuízo de R$ 130,2 milhões ante lucro de R$ 136,4 milhões na mesma base comparativa.
Excluindo as perdas com variação cambial líquida de R$ 767 milhões, perda de R$ 4,9 milhões relacionado aos resultados do Exchangeable Notes e Capped Calls, e despesas não recorrentes de R$ 190 mil.
A receita operacional líquida caiu 4,2% no período, para R$ 4,7 bilhões. “Durante o trimestre, a Companhia focou em diversas iniciativas estratégicas, incluindo a entrada em novos mercados, o aprimoramento de seus canais digitais e a continuidade do crescimento de suas unidades de negócios de carga (Gollog) e fidelidade (Smiles). Os níveis de receita do primeiro trimestre também refletem um mercado competitivo racional em termos de capacidade e rendimentos, bem como uma demanda resiliente por transporte aéreo no Brasil”, comentou a Gol.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente R$ 1,4 bilhão no trimestre, alta de 15,2% na comparação anual. A margem ebitda recorrente subiu 4,1 pontos percentuais, para 30,3%.
No período, os custos e despesas operacionais da companhia aérea caíram 5,3% e totalizaram R$ 3,9 bilhões. Do total, o maior custo foi com combustível de aviação que somou R$ 1,3 bilhão, queda de 26,7%, na mesma base de comparação.
O Custo Recorrente por Assento Quilômetro (CASK) diminuiu 5,3%, para 34,44 centavos (R$) devido em grande parte aos menores preços dos combustíveis, menor consumo por ASK (0,9%) impulsionado pelo nosso crescimento nas rotas internacionais.
O Custo por Assento Quilômetro excluindo custos com combustíveis e itens não recorrentes (CASK Excombustível) aumentou 8,9% para 22,44 centavos (R$) em relação ao 1T23.
O número de Passageiros Quilômetros Pagos Internacionais (RPK) aumentou 39,6% em comparação com o 1T23, tendo o total de RPK diminuído 4,1% no mesmo período, em linha com o investimento da empresa nos serviços internacionais.
O total de Assento-Quilômetro Ofertado (ASK) internacional aumentou 27,0% em comparação ao 1T23, enquanto o ASK total diminuiu 3,9% no mesmo período.
Na linha sobre o fluxo de caixa, negativo em R$ 959,6 milhões no 1T24, alta anual de 43,1%, a Gol informou que as atividades operacionais consumiram aproximadamente R$ 829 milhões no 1T24. As atividades de investimento consumiram cerca de R$ 131 milhões líquido no trimestre, principalmente devido a operação Sale and Leaseback. As atividades de financiamento no 1T24 geraram R$ 2,2 bilhões, impactados principalmente por R$2,7 bilhões em novas captações.
A Dívida líquida ajustada sobre EBITDA recorrente LTM foi de 4,0x no 1T24, uma redução de 2,0x em comparação ao 1T23.
“Ao longo do trimestre, a GOL manteve-se fiel ao seu modelo de negócios de baixo custo e alta produtividade na operação de suas rotas. A taxa de utilização de suas aeronaves continua melhorando suportando a geração de caixa. Este modelo de negócio é ainda fortalecido pela otimização da frota da GOL, pela otimização da capacidade ociosa e a substituição dos modelos 737 NG por aeronaves MAX 737 mais eficientes. Durante o 1T24, duas novas aeronaves MAX-8 foram adicionadas à frota, totalizando 46 aeronaves MAX, representando 32% da frota total ao final do 1T24. Além disso, como parte do plano de renovação de frota e recuperação da eficiência operacional, a Companhia devolveu uma aeronave Boeing 737-NG. Em 31 de março de 2024, a GOL possuía uma frota total de 142 aeronaves Boeing, sendo 46 737-MAX, 90 737NG e seis cargueiros 737-800BCF. A GOL continua comprometida em modernizar sua frota e adotar tecnologias mais sustentáveis para reduzir as emissões de carbono e promover operações ainda mais eficientes”, comentou a companhia aérea, no seu relatório trimestral.